Não preciso contar nada aqui, vocês já devem saber de tudo. Tragédias são ótimas salvadoras de pauta e programas diários e semanais fazem questão de estender isso o máximo possível. Estou passando aqui só pra dar os meus 50 centavos sobre o assunto.
Sofri bullying (aproveitando a modinha da palavra) na época do colégio. Fui daquele tipo que algumas vezes não tinha turma no recreio. Isso me incomodava, mas sabia que ia acabar, às vezes sentia raiva dos meus amigos, mas hoje em dia entendo que eles estavam procurando o lugar deles, assim como eu procurei o meu. Cada um tem seu tempo.
Sofri bullying, mas nunca quis matar ninguém, ou quis, mas não de verdade. Queria sim não ter que ver aquelas pessoas, faltei muita aula por causa disso. Eu sabia que não tinha que passar por aquilo, o que me ensinavam na escola eu aprendia sozinho em casa dando uma lida ou “pescando” na outra aula. Diferente do meu melhor amigo na época (salve Vinicius, um abraço onde quer que você esteja), eu não sentia muito prazer indo pro colégio, muito pelo contrário. Amava a época de provas, entrava tarde, saía cedo, não precisava esperar o recreio terminar.