Empatia e o Mundo Ideal

O mundo ideal é baseado puramente em empatia.

Colocar-se no lugar do outro é a base de um mundo onde ninguém se aborrece, afinal ninguém faria cobrança nenhuma que não gostaria de receber e, por outro lado, ninguém frustraria as expectativas de ninguém por não querer se frustrar.

O fato é que existem diferentes pesos e medidas nessa balança. Adquirimos este desequilíbrio ao longo da vida, mas existem algumas maneiras de conseguirmos uma estabilidade razoável.

A primeira delas, e possivelmente a mais difícil, é procurarmos em nós mesmos. Podemos exercitar a nossa mente e buscar dentro de nós (pura maiêutica, eu sei) respostas que nos levem ao bom senso. O problema é que muitas vezes o que encontramos é uma versão deturpada de bom senso e nos colocamos no lugar do outro de uma forma pouco sincera.

A outra é buscar um código externo de conduta. Se não podemos buscar o bom senso perfeito dentro de nós temos que encontrá-lo fora. Já sabem onde muitas pessoas encontram né? Isso mesmo, na religião. É abraçando uma religião que muitas pessoas encontram um padrão de vida melhor, mais sociável e mais respeitoso. O problema passa a ser a reação àqueles que não partilham do mesmo bom senso. Por achar uma linha de conduta algumas pessoas simplesmente se acham superiores e isso já vai contra a empatia. E indo contra a empatia… adeus mundo ideal.

Pregando “diferentes empatias” as religiões tem sido causadoras de guerras intermináveis. Soma-se a isso ainda as empatias encontradas em cada um dos indivíduos que não buscaram bom senso fora de si e está pronta a receita do caos.

Mas… err… então qual é a solução? Minha resposta? Mais empatia.