Feliz… Páscoa?!

Nos votos de boas festas falei um pouco sobre a deturpação do Natal, mas pensando na Páscoa acho que essa última consegue ser pior.

No país dos católicos não praticantes e dos evangélicos fanáticos pouca gente sabe como a páscoa que conhecemos hoje é só uma sombra da original. Ao pensar que na semana santa mais um ano se passou da ressurreição de Cristo você está enganado.

A educação religiosa no nosso país é feita às cegas, com métodos de lavagem cerebral que acabam dicotomizando a população. Há os que não raciocinam religião, apenas seguem o que lhes é passado sem qualquer processamento e há os que criticam esses últimos. Fora desses dois grupos sobram muito poucos.

Na intenção de esclarecer os participantes do primeiro grupo vão alguns pontos que podem ser acachapantes:

  1. A páscoa não começou na época de Cristo. A páscoa é, na verdade, uma festa celebrada desde a época de Moisés, não a toa páscoa significa passagem (Pessach) referindo-se à passagem do anjo da morte.
  2. A páscoa não é comemorada no dia certo. O fato da páscoa mudar de data todo ano se deve ao seu relacionamento com a lua. Isso mesmo, com a lua. A data da Páscoa é marcada no primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre em ou logo depois de 21 de março. Com base nessa data também é marcado – pasmem! – o carnaval, que ocorre 47 dias antes.
  3. Os cristãos não celebram cultos ou missas no sétimo dia da semana porque Cristo ressurgiu no primeiro. É, se você não percebeu domingo é o primeiro dia da semana e não o sétimo. Deus descansou num sábado, mas Cristo ressurgiu num domingo.

Se o fanatismo religioso no nosso país é uma praga a ser combatida, ignorância se combate com conhecimento. Se todos os que tem religião soubessem como propagar a ideia, ou ao menos soubessem que ideia propagar, certamente estariamos em melhores condições. Não adianta ler a Bíblia se você não sabe interpretar textos. Nem a Bíblia nem livro nenhum. Já é um livro difícil, se não souber interpretar você vai é entender tudo errado (como tem muita gente entendendo por aí).

Desculpem os leitores ateus – sei que tenho alguns -, mas no próximo post voltamos à nossa programação normal.


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