A adaptação de O Eternauta já tem data de estreia! Dia 30 de abril a gente vai poder conferir a adaptação dessa graphic novel argentina na Netflix.
A história começa com Juan Salvo, o Eternauta, (Ricardo Darín na série) se materializando na frente de um autor de quadrinhos. A partir daí somos transportados para a sua realidade, onde tudo foi pro vinagre.
A desgraça começa com uma nevasca que mata ao primeiro toque. Juan está em casa jogando com seus amigos e, graças a uma oficina que mantém dentro de casa, consegue construir esse traje que a gente vê nas imagens da série.

Daí pra frente a história é sobre o que originou a nevasca e como Juan, sua família e seus amigos vão sobreviver a isso tudo.
A graphic novel, toda em preto e branco, é legal, mas é só isso. Uma coisa engraçada é que o texto é quebrado de um…
…jeito esquisito entre os quadros, que, aliás, têm MUITO texto. A arte de Francisco Solano López também é só OK, nada demais. A história foi reeditada em 1969 com ilustrações de Alberto Breccia que, pelo que pude ver na internet, fez um trabalho bem melhor.

A edição da Pipoca & Nanquim é muito caprichada (como sempre), mas o formato é meio estranhão. Se você costuma ler deitado, por exemplo, o formato horizontal pode incomodar um pouquinho. Esse é o formato original, nada que o pessoal da P&N poderia mexer.

Nota 6,5/10. A história evolui devagar até demais, e a constante busca pelo real inimigo nessa guerra quase me fez desistir da leitura.
Aproveita e dá uma olhada na lista de quadrinhos que eu li em 2024!
Spoilers e expectativas para a série
Vamos lá. Os invasores, na verdade, são alienígenas. Isso não é problema, o que cansa são os vários inimigos que eles enfrentam achando que descobriram o real invasor. Primeiro são os cascudos, depois os homens-robô, depois os mãos mas, na verdade, os inimigos são os Eles.
Curto bastante o cinema argentino, principalmente o Ricardo Darín, e espero que eles não tentem ser extremamente fiéis ao livro. Se a série for mais dinâmica e não enrolar tanto, já é sucesso. Pelo tom do trailer, acho que vão mexer nas coisas certas.

Voltando à história, durante a nevasca mortal o nosso grupo é encontrado pelo que restou do exército. Enquanto a esposa e filha de Juan ficam em casa, os homens todos seguem com o exército, que se aquartela em um estádio. A essa altura, os inimigos são os cascudos, uma espécie de barata gigante.



No estádio eles sofrem alucinações causadas por um disco voador. Eles se livram do disco voador, Juan e um outro rapaz partem em uma missão de reconhecimento e descobrem que outros humanos foram feitos de marionetes. Eles avançam mais um pouco e descobrem um “mão”, um humanóide com VÁRIOS dedos em cada mão.
Eles são capturados, escapam, e descobrem que na verdade os inimigos não são os mãos, mas sim Eles. Juan e o rapaz voltam e o pequeno exército sai do estádio, achando que era um bom momento para uma ofensiva (não era). Descobrem mais um inimigo, quadrúpedes gigantes chamados Gurbos.
Eles escapam dos Gurbos, chegam ao QG principal dos inimigos em Buenos Aires. O lugar está sendo bombardeada por ogivas nucleares de exércitos de outros países, mas graças a uma redoma protetora nada os acerta. Nossos rapazes conseguem se infiltrar e desmontam o QG por dentro.

Nossos heróis então voltam para buscar a família de Juan. No caminho vêem uma daquelas bombas nucleares acertarem Buenos Aires.
De volta em casa, eles ouvem uma mensagem no rádio. Os sobreviventes devem se dirigir a uma zona segura e é para lá que eles partem. No fim, era uma armadilha dos invasores. Tudo dá errado, Juan, sua esposa e sua filha são encurralados e o único lugar para fugir é uma nave dos invasores.
Ao entrar na nave e apertar qualquer coisa, eles são transportados para dimensões diferentes e é aí que o nosso herói vai parar na sala do quadrinista do começo da história.
Ao se dirigir de volta para a sua casa, Juan reencontra a família, mas esquece completamente as desgraças que viveu, achando que só tinha ido comprar o jornal e demorado para voltar. No fim, o quadrinista só com cara de “ué?” mesmo.

Pelo trailer, uma coisa que vão mudar é a falta de personagens femininos fortes. No quadrinho quase não há ação feminina, mas parece que vão mexer nisso. Ainda bem!
Oesterheld também escreveu O Eternauta 2, mas esse ainda não li. Aliás, duvido muito que a Netflix faça uma temporada com a história inteira. Se eu tivesse que chutar, diria que a primeira temporada acaba com a derrota do primeiro mão. Vamos ver!