Categorias
Comportamento

Tasso da Silveira, a Columbine tupiniquim

Não preciso contar nada aqui, vocês já devem saber de tudo. Tragédias são ótimas salvadoras de pauta e programas diários e semanais fazem questão de estender isso o máximo possível. Estou passando aqui só pra dar os meus 50 centavos sobre o assunto.

Sofri bullying (aproveitando a modinha da palavra) na época do colégio. Fui daquele tipo que algumas vezes não tinha turma no recreio. Isso me incomodava, mas sabia que ia acabar, às vezes sentia raiva dos meus amigos, mas hoje em dia entendo que eles estavam procurando o lugar deles, assim como eu procurei o meu. Cada um tem seu tempo.

Sofri bullying, mas nunca quis matar ninguém, ou quis, mas não de verdade. Queria sim não ter que ver aquelas pessoas, faltei muita aula por causa disso. Eu sabia que não tinha que passar por aquilo, o que me ensinavam na escola eu aprendia sozinho em casa dando uma lida ou “pescando” na outra aula. Diferente do meu melhor amigo na época (salve Vinicius, um abraço onde quer que você esteja), eu não sentia muito prazer indo pro colégio, muito pelo contrário. Amava a época de provas, entrava tarde, saía cedo, não precisava esperar o recreio terminar.

Não preciso contar nada aqui, vocês já devem saber de tudo. Tragédias são ótimas salvadoras de pauta e programas diários e semanais fazem questão de estender isso o máximo possível. Estou passando aqui só pra dar os meus 50 centavos sobre o assunto.

Sofri bullying (aproveitando a modinha da palavra) na época do colégio. Fui daquele tipo que algumas vezes não tinha turma no recreio. Isso me incomodava, mas sabia que ia acabar, às vezes sentia raiva dos meus amigos, mas hoje em dia entendo que eles estavam procurando o lugar deles, assim como eu procurei o meu. Cada um tem seu tempo.

Sofri bullying, mas nunca quis matar ninguém, ou quis, mas não de verdade. Queria sim não ter que ver aquelas pessoas, faltei muita aula por causa disso. Eu sabia que não tinha que passar por aquilo, o que me ensinavam na escola eu aprendia sozinho em casa dando uma lida ou “pescando” na outra aula. Diferente do meu melhor amigo na época (salve Vinicius, um abraço onde quer que você esteja), eu não sentia muito prazer indo pro colégio, muito pelo contrário. Amava a época de provas, entrava tarde, saía cedo, não precisava esperar o recreio terminar.

Fiz curso de Inglês, sofri bullying lá também, mas por pouco tempo. Foi lá que aprendi a me impor um pouco, foi lá que percebi que adolescentes são uma matilha, seguem um líder. Você se impõe ao líder e pronto, tudo fica mais fácil. Até que você vira o líder e passa a sacanear os outros.

Sofri bullying, e, pior, pratiquei bullying. Todo adolescente fez isso, todo mundo tem uma característica que os outros tomam como defeito. Um é orelhudo (eu), outro é negro, outro tem “peitinhos”, outro anda engraçado, outro é magro demais, etc. A diferença é como cada um lida com isso, ou ainda, como cada um é conduzido a lidar com isso.

Estudando um pouco sobre o massacre em Columbine, vi que, pelas cartas, diários e sites deixados pelos autores da coisa toda, especialistas perceberam que eles tinham graves problemas mentais. Por que então, meu Deus do céu, ninguém percebeu isso antes? O que circula por aí é que o tal Wellington tinha sérios problemas e etc. mas isso só pode ser diagnosticado depois que o sujeito pega uma arma e mata todo mundo? Psiquiatras minimamente preparados não poderiam ter percebido que, na época do colégio, ele não era um psicopata em potencial ou pelo menos que ele precisava de ajuda?

Mas tudo isso é complicado demais né? Num país onde a gente luta pra ter professor de matemática em todas as escolas, pedir uma coisa dessas é demais mesmo…