LaParadiso – Impressões Gerais

Sábado passado teve show triplo – Paralamas do Sucesso, Skank e Marcelo D2 – na Fundição Progresso, na Lapa aqui no Rio de Janeiro. Por falta de coisa melhor pra escrever vou contar pra vocês a minha impressão geral.

Na segunda-feira um amigão meu me avisa do show – aliás, que nome ridículo hein? Estagiário: Lapa + Paradiso = Laparadiso, o que que achou, chefe? Pode colocar. Por preguiça a gente deixa pra comprar o ingresso lá, na última hora. No dia minha irmã decide ir com a gente. Sim, eu lido com gente que faz tudo em cima da hora.

No mesmo dia teve show da Pitty no Circo Voador, então se não tivesse mais ingresso eu ainda colocaria uma pilha pra trocar de show, mas não precisou. Chegamos lá umas 21h, compramos os ingressos (sem fila), todas meias e sem precisar comprovar nada.

Das 21h até as 22h (hora que começaria o show), ficamos por ali nos depósitos vendo aquela gente bonita da Lapa. O legal de lá é a diversidade. Legal pra mim, tem gente que odeia. Na mesma calçada você vê três mendigos, quatro patricinhas, um casal de gays, sete emos e o resto de jeans e camiseta, como tem que ser.

Fila básica pra entrar, coisa rápida, sem estresses. Enquanto isso a gente observava os arcos repintados.

O começo foi Paralamas. Não, não, o começo foi atraso. Marcado pras 22h o show só começou meia noite. Tudo bem que é normal atrasar um pouco, mas duas horas é esculhambação. Nessas duas horas, enquanto tocava a playlist mais mela cueca dos últimos meses, a solução era passar o tempo com o que sobrou pra fazer: beber e rir. No bar só uma opção barata: Antarctica, a pior cerveja do mundo. Minha cabeça não funciona numa frequência normal, então como estava escrito BOA bem grande no letreiro e BOA começa com B assim como Brahma, pedi a cerveja errada todas as vezes. Paciência.

Começa o show do Paralamas. Fomos lá pra frente, não muito longe do palco. Tava cheio, mas não intransitável. Começa morno, mas a galera sai do chão mesmo quando eles tocam… Sonífera Ilha. É, isso aí mesmo, sonífera ilha, que não é nem deles. Depois deslanchou. Saem do palco, voltam, fazem um bis de duas músicas e saem do palco.

Confesso que me senti ingênuo. Achei que o Skank ia subir e eles iam fazer uma música juntos e tal, mas me enganei. Bom, Paralamas saem, fecha a cortina, oba vai começar o show do Skank, opa peraí o que que está acontecendo? Quando os Paralamas saíram do palco a gente não se aguentava mais, a Antarctica tinha feito efeito. Subimos, fomos no banheiro, voltamos pra onde a gente estava e ficamos esperando o Skank entrar no palco. Esperando. Esperando. Quarenta minutos depois entra o Skank. Mais um começo mela cueca, toca Jackie Tequila, quem gostava mais da banda no começo da carreira canta tudo e se empolga. Continuam tocando, tocam aquela Sutilmente – uma tristeza sem fim – e fazem o final. Nota pro troca troca de guitarra, violão e microfone do Samuel Rosa.

Em algum momento, não sei se durante o Paralamas ou depois, começa um cheiro de maconha absurdo. Nada contra, mas teve muita gente incomodada. Acharam o infeliz, aliás, infeliz não, o cara tava supercontente, deram um toque e ele foi pra outro canto (ele voltou depois, mas a galera ficou com pena, sei lá).

Mais intervalo. Dessa vez a perspectiva de esperar mais quarenta minutos me abateu. Já estava cansado, mas faltava o Marcelo D2, né? Merecia esperar. Dig Dig Dig Dig, Planet Hemp!

Entra o D2 com mais uns três caras. O D2, visivelmente alterado, vai cantando. Canta uma, duas, três. “Epa, peraí, para tudo, para tudo. Esqueci a letra, esqueci a letra” (legal né? Eu ri). Entra um tal de Fernando BeatBox e empolga mais que o D2. Muito mais. Finalmente o D2 canta uma música do Planet Hemp, mas só um trecho. Entra mais um fulano que eu não conhecia e ah, quer saber, vambora daqui.

Depois voltamos pros arcos comer o salsichão de sempre, conversar e ver mais gente bizarra. Depois casa e cama.


Pra quem está acostumado com isso aqui, o post é bem diferente. A gente volta pra programação normal outro dia.