Resenha: Escrevendo para quadrinhos – Brian Michael Bendis

Escrevendo para quadrinhos é o Como Ver um Filme, só que com quadrinhos. E isso é ótimo!

Acho quadrinhos uma maneira fantástica de se contar boas histórias e minha curiosidade sobre como o processo todo funciona sempre foi grande. Achei esse livro e dei uma chance. Não me arrependi nem um pouquinho.

O livro tem um prefácio do Joe Quesada e é “conduzido” por Bendis (autor de Homem-Aranha Ultimate e Demolidor entre outros), que permeia o livro com participação de vários outros artistas. Comecei a seguir vários deles inclusive.

Os sete capítulos são:

  1. Por quê?
  2. O roteiro moderno de histórias em quadrinhos
  3. Roteirizar pensando no desenhista (um dos meus capítulos favoritos)
  4. A mesa-redonda dos editores
  5. Roteiristas: perguntas frequentes (excelente também)
  6. Ser roteirista de quadrinhos como negócio
  7. Exercícios de roteiro

Além do roteiro, o livro também conta como o processo depois do roteiro inicial funciona, com desenhos, revisões, letreiramento e cores.

Ao fazer algumas seções de perguntas e respostas, Bendis traz a opinião de profissionais do que fazer e, principalmente, do que não fazer. Roteirizar mais de uma ação por quadro, por exemplo, nem pensar.

Uma outra coisa que aprendi lendo o livro: você sabia que empregados da Marvel NÃO PODEM LER nenhum roteiro com personagens da empresa sem ter um contrato assinado. Se você mandar seu portfólio com qualquer história do Homem-Aranha, por exemplo, eles não podem nem abrir. Louco, né?

Mais pro final tem um capítulo inteiro dedicado a contratos. Bendis e sua esposa têm uma empresa e é ela que cuida dessa parte. Achei super interessante as cláusulas que ela recomenda. Nunca teria pensado em nem metade do que vi lá.

Nota 10/10. Para quem gosta de quadrinhos eu acho indispensável e vai ser minha recomendação por muito tempo.